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Dicas parentais

Como parar de se preocupar com os filhos e virar uma boa mãe

A sensação de preocupação pelo filho acontece com todas as mães. Há muitas razões para o nervosismo. Infelizmente, fenômenos como terrorismo, pedofilia ou sequestros, os quais antes só se via em filmes, viraram parte da nossa realidade. Preocupamo-nos com a saúde de nossos filhos, ficamos aflitos ao deixá-los sozinhos em casa ou na rua, tememos influências negativas e assim por diante… a lista é grande. Mas a preocupação constante pelo seu filho ou sua filha pode levar a depressão ou ansiedade. Pode até mesmo causar um colapso nervoso na mãe. E isto sem nem falarmos das consequências que os cuidados excessivos da parte dos pais podem causar na criança.

Se você quer aprender a lidar com a ansiedade constante com seu filho, a encarar os seus medos e descobrir onde eles começam – se você quer virar uma boa mãe e desfrutar da maternidade, então esse artigo é para você.

Conteúdos:

Enfrente os seus medos: as causas da ansiedade materna

Prostock-studio/Shutterstock.com

Quando a mulher fica grávida e espera dar à luz, ela está sempre rodeada da atenção e dos cuidados de seus parentes. Ela se sente importante e necessária. Mas quando o bebê nasce, tudo muda dramaticamente. As necessidades do bebê vêm antes e a mulher esquece de si mesma: sobra pouco tempo para comer, dormir ou tomar banho. Ela passa a maior parte do tempo sozinha com a criança, deixando o marido trabalhar para sustentá-los.

Com isso tudo, não é surpreendente que muitas mães – especialmente as mais novas – acumulem fadiga e frustrações. Elas começam a perder a paciência com a criança e com o marido e depois sentem remorso por se comportar como uma mãe ruim. Esta tendência vai gerando uma base perigosamente forte para a ansiedade e o medo.

Os medos que a maioria das mães sente:

  • preocupação com a vida e saúde da criança, medo de perdê-la;
  • medo de machucar acidentalmente a a criança;
  • medo de ser uma mãe ruim, tanto aos olhos da criança quanto dos outros;
  • medo de ser julgada por mães mais experientes;
  • medo de ficar isolada socialmente por causa de uma longa licença-maternidade;
  • medo de piorar o relacionamento com o marido.

A ansiedade excessiva pelo bem-estar da criança também é aumentada pelos fenômenos da vida moderna, como por exemplo:

  • os índices elevados de crimes, casos frequentes de sequestros infantis;
  • a popularidade de drogas, álcool e cigarros entre jovens, bem como um início precoce de atividades sexuais;
  • a fácil disponibilidade de todo tipo de informação e conteúdo visual na Internet;
  • o aparecimento de «clubes da morte» e «seitas suicidas» nas redes sociais.

Prostock-studio/Shutterstock.com

Assim, a mãe preocupada começa a controlar cada passo e respiração da criança, tentando estar sempre com ela: primeiro em casa e depois na pré-escola e na escola. Com isso, ela nega a si mesma e a sua família uma vida normal e completa.

Caras mamães, lembrem-se! A sensação de aflição pela criança é um dos componentes mais essenciais do instinto materno. Toda mãe se preocupa com seus filhos e procura protegê-los dos perigos do mundo.

Você não precisa lutar com os seus medos – é preciso aceitá-los e admitir: «Sim, eu me preocupo, sim, com meu filho, mas não posso ficar constantemente restringindo e proibindo». Você também precisa entender as razões pelas quais se sente aflita, e dizer a si mesma: «A minha preocupação pode ser explicada – esse é o meu primeiro filho e tenho medo de acabar sendo uma mãe ruim».

Desta forma, será muito mais fácil de conquistar os seus medos.

É importante diferenciar entre uma preocupação normal pela criança e a ansiedade neurótica e obsessiva pela vida e saúde da criança que afeta negativamente a família toda.

As mães mais passíveis de ser afetadas por uma ansiedade neurótica são:

  • mães que equiparam o nascimento da criança com o significado da própria vida;
  • mães que vivenciaram a morte de uma criança ou de um parente próximo;
  • mães que tiveram um parto complicado ou cujo bebê esteve em risco de vida nos primeiros meses de vida.

Se você perceber que a ansiedade pelo seu filho chegou a um ponto alarmante, que colapsos nervosos estão acontecendo cada vez mais e que a maternidade deixou de ser uma fonte de emoções positivas para você, então está na hora de contatar um especialista – o quanto antes, melhor.

Qual é o perigo da ansiedade constante pela criança?

Prostock-studio/Shutterstock.com

Agora vamos falar sobre as consequências que o seu medo e ansiedade constantes podem ter para o seu filho.

O que espera uma mãe ansiosa?

Viver em ansiedade e estresse constantes afeta negativamente a saúde física e mental da mãe. Doenças crônicas se agravam. Quando unidas à depressão, irritabilidade e colapsos nervosos, isso tudo pode levar a pensamentos suicidas, nos piores casos.

A depressão pós-parto (DPP) atinge mais de uma em cada quatro mulheres no Brasil, conforme mostrou um estudo realizado pela pesquisadora Mariza Theme, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). Quanto mais jovem a mãe, maior a chance da DPP – um estudo da USP de Ribeirão Preto detectou que, entre mães jovens de 12 a 19 anos, mais da metade apresentava sintomas de DPP.⠀

Uma mãe com ansiedade ou depressão pós-parto vai parando de ver amigos e visitar parentes. Os seus relacionamentos sociais vão sendo destruídos. Desta forma, a mãe acaba por se encontrar isolada da sociedade.

O relacionamento com o marido também pode ser prejudicado. Conforme a criança se torna o centro de atenção no mundo da mulher, o marido pode sentir que não está mais recebendo suficiente amor, carinho e atenção da esposa. Que tipo de solução o homem tem em situações assim? O que frequentemente acontece é que ele ou se concentra mais no trabalho, deixando a família virar segunda prioridade, ou quebra as promessas do casamento, procurando receber carinho e atenção de outra pessoa.

E o que espera a criança?

Prostock-studio/Shutterstock.com

Se a mulher cresceu em uma atmosfera de constantes restrições e proibições associadas com a ansiedade cada vez maior de sua mãe, o mais provável é que ela também crie os seus filhos desta forma. Isto se deve ao fato de que na mente dela se forma um estereótipo de comportamento maternal baseado naquilo que ela sempre presenciou na própria família.

Se a mãe fica constantemente dizendo como o mundo é perigoso e como as pessoas são ruins, não é de surpreender que a criança comece a sofrer de neuroses em pouco tempo.

A ansiedade materna excessiva pode levar a uma redução no desenvolvimento físico e mental da criança.

Proibições constantes de atividades físicas, do tipo «Não suba nessa árvore, você vai cair», impedem a criança de desenvolver aspectos físicos essenciais. Roupas quentes demais, monitoramento excessivo da temperatura do ambiente e da água – isso tudo enfraquece a imunidade natural da criança. As restrições de saídas com amigos que são considerados «má influência» pela mãe destroem as tendências das interações sociais da criança e impedem o desenvolvimento da capacidade de comunicação dela.

Uma criança que é «cuidada demais», uma «filhinha de mamãe», pode ser ridicularizada pelos colegas e sofrer de bullying. Isto leva a uma baixa autoestima, gerando preocupações, seclusão e dúvidas em relação a si mesma.

Na maioria dos casos, a pessoa que na infância foi rodeada de atenções excessivas da parte dos pais procura compensar e escapar da influência deles assim que cresce: é comum que um jovem com um histórico desse tipo comece a experimentar com bebida e substâncias ilegais, andando na companhia de tipos ruins, etc. A pessoa pode até mesmo acabar se casando cedo só para escapar dos pais. Infelizmente, nem todos esses casos têm final feliz.

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Lidando com a ansiedade: conselhos de um especialista

Como virar uma mãe calma e boa?

Em primeiro lugar, decida para quem você quer ser uma boa mãe: para seus filhos ou para os outros verem. Você pode colocar fotos alegres da família nas redes sociais, dizer para os amigos como você ama o seu filho e comprar montes de brinquedos para ele. Mas ao mesmo tempo você pode estar impondo pressão psicológica na criança, perdendo a paciência sem boa razão, limitando a liberdade dela e proibindo qualquer forma de manifestação independente.

Não dá para nascer já sendo uma boa mãe. Esse é um processo do dia a dia: um processo exaustivo, que às vezes leva a pessoa a duvidar de se virar mãe foi uma boa escolha – mas que no final tem muitas recompensas. É uma curva de aprendizado que vai das primeiras noites insones e do choro constante até o primeiro sorriso, a primeira nota 10 na escola, o primeiro «Eu amo você, mamãe».

Por isso, é importante para toda mãe não só ser boa, mas equilibrada. O que está contido na noção de «equilibrada»? Isto significa manter um equilíbrio entre os problemas do dia a dia e o relaxamento; entre cuidar da criança e dar atenção ao marido; entre as questões de família e o próprio tempo pessoal; entre a ansiedade pela criança e o desejo de estimular o progresso e desenvolvimento dela.

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Você está cansada das eternas tarefas de casa e de colapsos nervosos que seu filho e marido presenciam? Chame os avós e amigos para ajudá-la: vá para um salão de beleza, assista a um concerto ou saia com o marido – qualquer lugar serve, mas o importante é restaurar o equilíbrio. Está preocupada pensando que a criança pode cair de um escorregador ou passar frio do lado de fora da pré-escola? Diga «não» para as suas emoções e comece a avaliar a emoção com clareza: o escorregador não é tão alto assim e além disso o seu filho já sabe segurar nos lados e escorregar direito; ele está vestindo roupas quentes e as crianças estão sempre brincando do lado de fora da pré-escola, o que quer dizer que ele não vai sentir frio.

Procure estabelecer equilíbrio no relacionamento com a criança, com o marido e com outros: não deixe o medo e a ansiedade envenenarem a sua vida.

Se a ansiedade se manifestou de repente e você sente que está começando a entrar em pânico quando vêm aqueles pensamentos de algo terrível que pode acontecer com a criança, as seguintes técnicas podem ajudar:

  • feche os olhos, inspire e exale fundo por três minutos, concentrando-se na respiração;
  • dedique-se a algum tipo de atividade física, até mesmo a tarefas de casa;
  • compartilhe o que está sentindo com o seu marido, parentes ou amigos próximos;
  • depois de se acalmar, faça as seguintes perguntas a si mesma: a criança está em perigo nesse momento ou será que isso está só na minha cabeça? Isso é assustador de verdade? O que posso fazer para evitar isso?

A mãe ideal: quem é ela?

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Qual imagem lhe vem à cabeça quando você ouve esta pergunta? Uma mãe que nunca se irrita e grita com a criança? Ou a mãe cujo filho está sempre bem vestido e penteado? Ou talvez a mãe que só prepara alimentos saudáveis e cuja casa está sempre limpa e brilhante?

Imediatamente, uma segunda pergunta surge: será que sobra tempo para uma mãe assim cuidar de si mesma, de seus próprios desejos e necessidades? Será que ela cuida da própria saúde e do próprio corpo, de seus assuntos pessoais? Provavelmente não. Ela simplesmente não tem tempo para isto. A partir daí, pode ser tirada uma conclusão direta: a mãe perfeita é a mulher que se concentra inteiramente em criar o filho, que abandonou o relacionamento com o marido e que está atormentada pelo trabalho e pelas tarefas domésticas ao mesmo tempo.

Então você ainda quer ser uma mãe perfeita? Vamos substituir a frase «mãe perfeita» pela frase «uma boa mãe para seu filho».

Mas o que uma boa mãe pode fazer por seu filho? Bem, acontece que a lista é bem longa. Uma boa mãe:

  • É justa. Ela só dá broncas na criança por boas razões;
  • Preocupa-se com a criança, mas permite que esta demonstre sua independência;
  • Gosta de passar tempo com os filhos;
  • Ouve o filho com atenção e está sempre pronta a ajudar;
  • Tem orgulho da criança e de suas conquistas;
  • Não esconde os sentimentos do filho e não subestima as preocupações dele;
  • Não procura estar com o filho 24 horas por dia e não limita a liberdade dele;
  • Ama a criança independentemente do jeito dela: gordinha, magrinha, um pouco preguiçosa, mais reservada…
  • Nunca se refere ao marido, aos pais ou a outros parentes de forma negativa ao falar com a criança.

Regras e hábitos diários para uma boa mãe

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  1. Diga ao seu filho que o ama e faça isso com frequência. Demonstre o seu carinho com beijos e abraços.
  2. Mostre interesse na vida do filho, nas tarefas diárias, nas derrotas e conquistas dele.
  3. Elogie a criança por seus sucessos e dê ênfase para as conquistas dela.
  4. Dê algumas tarefas para a criança, como regar as plantas, lavar os pratos ou espanar os móveis.
  5. Toda noite, ache um momento para passar a sós com a criança. Ponha de lado todos os aparelhos eletrônicos, desligue computadores ou TVs e leia uma história para a criança dormir ou jogue um jogo calmo com ela.
  6. Peça a opinião da criança em relação a questões familiares.
  7. Peça ajuda à criança e sempre agradeça depois.
  8. Se você estiver aborrecida com alguma coisa, não esconda os sentimentos da criança e permita que ela também se comporte com sinceridade, sendo ela mesma.
  9. Surpreenda o seu filho com maior frequência. Sempre há espaço para milagres na vida diária.
  10. Encontre os amigos do seu filho. Mesmo que você não goste especialmente deles, não fale sobre eles de forma negativa a fim de não ferir a criança.

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  11. Permita-se fazer brincadeiras e rir com a criança.
  12. Permita que a criança tome decisões autônomas sobre a própria vida.
  13. Se você prometeu algo ao seu filho, mantenha a promessa. Assim ele também aprenderá a sempre manter a palavra.
  14. Preserve cuidadosamente todos os presentes que a criança fez para você. Comunique a ela que tudo que é criado pela humanidade tem seu valor.
  15. Procure tomar o café da manhã, almoçar e jantar em família.
  16. Tenha alguns rituais de família. Por exemplo, «festas de pijamas», quando a mãe, o pai e a criança assistem de noite a um desenho ou filme selecionado por um dos membros da família. Pode ser uma boa ideia fazer pipoca, preparar chocolate e outros doces com antecedência, ou preparar algo em conjunto com todos os membros da família.
  17. Se você não consegue fazer com que a criança complete uma tarefa, transforme a tarefa em uma brincadeira. Por exemplo, para ensinar o seu filho a se vestir rapidamente, brinque de bombeiro que foi chamado para apagar um incêndio.
  18. Seja uma boa amiga para o seu filho. Converse com ele sobre os seus interesses e sonhos e assim ele se sentirá à vontade de compartilhar os dele.

Todos nós nos preocupamos com os nossos filhos – nisso não há nada de errado. Os seus filhos estão só começando a viver e muitas vezes o universo os submeterá a testes e provas. É impossível prever e impedir problemas em cada fase da vida da criança. Mas tampouco é necessário fazer isso. A criança deve seguir o próprio caminho e tornar-se autônoma e independente. Não deixe que os seus medos a transformem, de uma mãe terna e carinhosa, em uma mulher inquieta e infeliz. Lembre-se de cuidar de si mesma e de seus filhos!

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