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Entrevista com um psicólgo

O que os pais devem saber sobre a prontidão psicológica de seus filhos para a escola

Sem exceção, todos os pais têm interesse no sucesso da educação de seus filhos. Portanto, eles começam a prepará-los para a escola de antemão: colocam as crianças na pré-escola e as ensinam a ler, escrever e contar.

Com certeza essas competências ajudam a criança durante o seu aprendizado. No entanto, pais e mães com frequência se esquecem da prontidão psicológica da criança para a escola. É este fator que define a maturidade suficiente do emocional infantil para a transição a um novo estágio de desenvolvimento – o das atividades educacionais.

Neste artigo, você aprenderá mais sobre o que é a prontidão escolar psicológica, e por que ela é tão importante.

Conteúdos:

O que é a prontidão escolar psicológica?

Prostock-studio/Shutterstock.com

Muitos pais acreditam que se a criança, à idade de sete anos, já aprendeu a ler, escrever e resolver problemas de matemática, quer dizer que ela está perfeitamente preparada para ser integrada no sistema escolar. No entanto, essa visão é errônea.

Para que a criança consiga dominar inteiramente o currículo escolar, não basta possuir um certo nível de conhecimento ou de competências. Com sete anos de idade, a criança deve ter desenvolvido uma prontidão psicológica para estudar na escola. Ao que isso se refere?

A prontidão psicológica é o nível exigido de desenvolvimento que permite que a criança tenha sucesso não só no processo de aprendizado, mas também ao se comunicar com colegas e adultos. A criança deve compreender sua situação como estudante.

Se a criança estiver pronta para o aprendizado, quer dizer que todas as áreas de desenvolvimento mental estão prontas para adotar as regras da vida escolar.

Por que é necessário estar psicologicamente pronto para entrar na escola? Um caso de estudo da vida real exemplifica isso claramente.

Com 6 anos e meio de idade, Simão já sabia ler e escrever em letras maiúsculas. Ele conhecia quase todos os nomes dos dinossauros. No entanto, o garoto estava tendo problemas com comportamento: ele fazia chiliques por qualquer coisinha e não atendia às exigências dos adultos. Ele era indisciplinado e mal interagia com as outras crianças na sala de aula – era difícil, para ele, iniciar uma conversa com elas ou chamar alguém para brincar. O psicólogo que analisou a prontidão dele para a escola informou sua mãe que a criança não se encontrava psicologicamente preparada para entrar na escola e recomendou que ele continuasse na pré-escola por um ano mais. A mãe dele ficou brava: por que é que o filho dela estaria mal preparado se ele já sabia tanto? Sem escutar o aconselhamento do profissional, ela mandou o garoto para a primeira série.

Pouco tempo depois, o garoto começou a ter dificuldades sérias. Ele não via interesse nas aulas, não escutava os professores e ficava olhando pela janela ou desenhando na carteira durante as aulas. Suas tarefas de casa só eram completadas com ajuda e supervisão rigorosa da mãe. Um mês se passou e o diretor da escola chamou a mãe do Simão para uma conversa e recomendou que ela o mandasse para uma escola especializada, já que ele não estava conseguindo aguentar o currículo escolar.⠀

Este caso de estudo ilustra a importância da adequada preparação psicológica e pedagógica para a escola e para a vida futura. Essa preparação engloba todos os aspectos do desenvolvimento mental da criança. Devido às ações equivocadas da mãe, a criança acabou precisando de educação corretiva em um sistema que não correspondia a sua verdadeira capacidade mental.

Para resumir: quando a criança se encontra psicologicamente preparada para a escola, ela se adapta ao processo de aprendizado e à vida escolar muito mais rápido. Para ela, é mais fácil formar laços com professores e colegas, fazer amigos e demonstrar os melhores aspectos de seu caráter.

A fim de se preocupar menos pelo jovem estudante e descobrir como está se desenrolando o longo (e, às vezes, complicado) processo de adaptação, use o app Findmykids de controle dos pais. Com ele, você poderá escutar os sons ao redor da criança, falar com ela caso alguma situação problemática aconteça, e monitorar seu posicionamento no mapa.

Os componentes da prontidão

Prostock-studio/Shutterstock.com

Agora vamos ver: do que a criança precisa para realmente ter sucesso na escola?

Prontidão motivada

É nas tarefas realizadas com vontade e interesse que a criança terá sucesso. Portanto, ao chegar ao fim do período da pré-escola, a criança deve ter:

  • a vontade de estudar e de ganhar novos conhecimentos;
  • interesse em relação ao mundo ao seu redor;
  • uma atitude positiva para com a escola, os professores e outros colegas.

Os psicólogos dizem que, ao entrar na escola, a criança passa a ser dominada por motivações sociais e relativas a conquistas. Elas gostam de usar uniformes bonitos, ter materiais escolares, fazer novos amigos, receber boas notas e ser elogiadas pelos professores.

A motivação de aprender surge bem mais tarde, chegando-se ao terceiro grau. No começo, a criança precisa se acostumar com o papel de estudante e a seguir adquirir a compreensão de o quê esse papel pode trazer.

Prontidão intelectual

Quanto mais a criança sabe e consegue fazer, mais fácil fica de se posicionar, no começo do processo de aprendizado na escola. Os seguintes itens servem como importantes indicadores de prontidão:

  • a capacidade de estabelecer relações causais entre eventos e situações;
  • a capacidade de analisar, resumir e chegar a conclusões;
  • uma quantidade suficiente de conhecimento armazenado, de acordo com a idade da criança, sobre o mundo que a rodeia.

Prontidão social e pessoal

Prostock-studio/Shutterstock.com

A educação escolar envolve a comunicação com uma grande quantidade de pessoas: professores, colegas e crianças de outras turmas. Assim, é importante que a criança desenvolva as seguintes capacidades:

  • a capacidade de interagir com adultos e colegas – tanto conhecidos quanto desconhecidos;
  • a capacidade de reagir aos requerimentos dos adultos;
  • agilidade de reação, empatia;
  • princípios morais desenvolvidos;
  • uma autoestima adequada.

Prontidão emocional e automotivação

Os desafios da vida escolar não são poucos, no começo. A criança passa a precisar acordar cedo, chegar à escola antes do começo das aulas, ficar sentada na sala de aula por longos períodos. Não é possível relaxar tanto em casa, já que agora existem lições de casa a ser feitas. Assim, a criança precisa ter foco, ser responsável e organizada.

As seguintes capacidades e habilidades são exigidas da criança:

  • a concentração em tarefas específicas e a capacidade de concentração geral;
  • completar tarefas;
  • controlar suas ações e emoções e não se permitir reações negativas;
  • superar dificuldades para chegar a determinados objetivos;
  • a capacidade de agir de acordo com as regras.

O Simão, de nosso caso de estudo, não tinha disposição e maturidade emocionais suficientemente desenvolvidas de um ponto de vista pessoal e social. Ele não conseguia controlar seu comportamento, obedecer aos adultos e interagir com seus colegas. Se a mãe tivesse dado suficiente atenção para o desenvolvimento da curiosidade dele em relação a aprender novas capacidades, é altamente possível que o resultado tivesse sido diferente.

Como diagnosticar

Prostock-studio/Shutterstock.com

A de fim de descobrir o nível de preparação para a escola da criança, os psicólogos usam vários métodos. Um deles é o teste de Kern, outro é o “ditado gráfico”, “uma conversa sobre a escola”, e assim por diante.

No entanto, os próprios pais podem determinar qual é o nível de prontidão da sua criança em relação à escola.

Primeiro, você pode fazer uma série de perguntas a seu filho ou filha sobre o mundo ao seu redor. Por exemplo: “Que tipos de pássaros você conhece?”, “O que mostra que a primavera está chegando?”, “Por que a água vira gelo?”.

Em segundo, há métodos bem simples com os quais mães e pais podem compreender o nível de memória, atenção e desenvolvimento mental da criança.

“10 palavras”

Uma dessas técnicas é o método de “10 palavras”. Ele funciona assim: a mãe ou o pai lê em voz alta 10 palavras que não tem sentidos relacionados. A tarefa da criança é repetir todas as palavras de que consegue se lembrar após cada série. As palavras são ditas em voz alta 4 vezes. Normalmente, a criança deve conseguir memorizar de 8 a 10 das palavras após a quarta repetição. Se 3 ou menos palavras são memorizadas, é indício de uma memória auditiva mal desenvolvida.

“Replicar o padrão”

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Outra técnica, muito simples para os pais, é chamada de “replicar o padrão”. O pai ou a mãe desenha um padrão simples em um caderno e pede que a criança faça igual. Aqui, vários indicadores podem ser avaliados de uma vez só: se a criança consegue traçar linhas seguindo exatamente o seu modelo, se o padrão é uniforme com o seu ou se há diferenças, se ela está realizando a tarefa com atenção ou não. Se ela desenhar o padrão corretamente e em linhas bem traçadas, em tamanho parecido com o seu, isso indica um alto nível de desenvolvimento das habilidades gráficas e coordenação visual e espacial na criança. Caso contrário, é importante dedicar atenção especial a essas aptidões.

“O quarto diferente”

O nível de pensamento lógico da criança pode ser determinado através do método ao qual chamamos “o quarto diferente”. O princípio é o seguinte: mostra-se quatro imagens para a criança, das quais uma é diferente. Por exemplo: gato, cachorro, vaca, raposa. O pai pede que a criança mostre qual é mais diferente e explique por quê. De 10 tentativas, pelo menos 7 devem ser bem-sucedidas. Se a criança identificar 6 imagens ou menos, isso pode indicar que ela tem um desenvolvimento inferior em sua capacidade de análise e generalização. Isso também pode indicar simplesmente um nível baixo de cultura geral.

Indícios de que a criança não tem preparação para estudar na escola

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Os seguintes comportamentos podem ser notados antes de a criança entrar no primeiro grau e começar a escola. Se a criança exibir os seguintes comportamentos, ela não está pronta para a escola:

  • falta de foco, “com a cabeça nas nuvens”, não consegue se concentrar em nada por muito tempo;
  • hiperativa, se distrai facilmente, exibe constante falta de disciplina;
  • fica cansada e facilmente irritadiça com frequência;
  • não consegue fazer amigos com os colegas, tem comportamentos antissociais ou então entra regularmente em conflitos com os outros;
  • não quer ir para a escola, reclama sobre “professores ruins”, “aulas entediantes”;
  • tem dificuldades ao absorver novos conhecimentos;
  • fica doente ou reclama de estar se sentindo mal com frequência;
  • é instável e acha difícil iniciar uma conversa com adultos.

É importante para os pais não se esquecer de que, ao colocar na escola uma criança que não esteja preparada, há um risco grande de dano ao emocional dela.

Aprenda um pouco mais sobre as possíveis causas da dificuldade de aprendizado da criança nesse vídeo:

Qual é a forma correta de preparar a criança para a escola?

Para que a criança tenha sucesso em seus estudos ao se preparar para a escola, nós, como parentes, precisamos prestar atenção à integralidade dos fatores que compõem sua prontidão psicológica.

Formando a motivação para aprender e atitudes positivas em relação à escola

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  1. Conte para a criança sobre quando você estava na escola – sobre seus professores ou matérias favoritas, situações divertidas com colegas, etc.
  2. Assista a filmes e leia livros sobre escolas juntamente com a criança e converse sobre eles depois.
  3. Brinque de “escola” com mais frequência. Deixe a criança agir em diferentes papéis – tanto o de aluno quanto o de professor.
  4. Dedique um lugar especial para estudar com o seu filho ou filha; escolha móveis, materiais e roupas adequados para isso.

Desperte a sede de aprender da criança

  1. Tente não dar respostas pré-fabricadas para seus filhos. Para cada “Mas por quê…?”, responda: “E o que você acha disso?”. As crianças pequenas gostam de ter sua opinião levada em consideração como se fossem adultas. Além do mais, isso lhes dá mais experiência na observação e análise das coisas que acontecem a seu redor.
  2. Enigmas e quebra-cabeças são importantes a fim de desenvolver o pensamento lógico da criança. Mesmo no caminho de casa, é possível criar jogos lógicos com objetos comuns que você vê por perto.
  3. Não suprima o interesse exploratório da criança. Deixe ela olhar, tocar e investigar os objetos a seu redor, etc.
  4. Ajude a desenvolver as habilidades motoras finas com atividades como o desenho.

Ensine a criança a interagir

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  1. Visite amigos com frequência em companhia de seu filho ou filha; visite novos lugares e encontre novas pessoas. Dê às crianças a oportunidade de demonstrar sua iniciativa ao interagir com outros.
  2. Faça perguntas à criança sobre seus colegas ou crianças de outras turmas. Pergunte de quem ela gosta, de quem não, e por quê.
  3. Ensine a criança a lidar com dificuldades e explique que situações ruins acontecem com todo o mundo. Essas situações precisam ser superadas para seguirmos em frente.

Desenvolvendo a disposição e controlando o próprio comportamento

  1. Jogue jogos com regras: jogos de tabuleiro, jogos de palavras e brincadeiras ativas.
  2. Deixe a criança se acostumar a ajudar com as tarefas de casa ou a tomar conta de animais de estimação.
  3. Ensine seu filho ou filha a planejar suas atividades diárias. Por exemplo, se a criança precisa fazer uma pintura, ela precisará de uma folha de papel branco, bem como tinta, lápis, canetas e um local onde fazer a tarefa. Faça perguntas do tipo: “Como você pretende fazer isso?” e “Do que você vai precisar?”. Faça isso com frequência.
  4. Lembre a criança de que tudo precisa ser feito até o fim, que as coisas não devem ser deixadas pela metade.

Isso é o que mães e pais precisam saber sobre a prontidão psicológica para entrar na escola e todos os aspectos envolvidos. Não se esqueça de que o sucesso da criança em seus estudos, assim como o bem-estar de pais e filhos, depende da prontidão da criança para entrar na escola.

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