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Educação

A criança não quer estudar ou fazer a lição de casa: o que os pais devem fazer?

Vai chegando ao final do ano letivo e muitas crianças estão desanimadas querendo logo suas férias, a Internet está cheia de sugestões para os pais que buscam: “meu filho não quer estudar”, “como fazer meu filho fazer a lição de casa?”, “o que fazer se a criança está entediada com os estudos?”. Todo pai quer ver seu filho sendo estudioso, indo alegremente para a escola e fazendo a lição de casa com atenção e cuidado. No entanto, o que deve ser feito se a criança não tem vontade de estudar? Vale a pena forçá-la ou existem formas alternativas de lidar com isso? Você encontrará as respostas a essas perguntas neste artigo.

Conteúdos:

Desvendando o motivo oculto

How to Deal With Out-Of-Control Teen Behaviors

Prostock-studio/Shutterstock.com

Para descobrir por que a vontade de aprender coisas novas na escola desaparece de uma hora para outra, é preciso buscar a razão para tal comportamento. Esta mudança pode ter algumas origens:

1. Falta de motivação

A criança não entende a importância ou a necessidade do processo de aprendizagem. Na sala de aula, ela fica entediada, não presta atenção no professor e prefere fazer o que lhe interessa ou ficar de papo com os amigos.

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Por que as crianças não querem fazer a lição de casa? A resposta é muito simples. Elas não estão interessadas. Infelizmente, a escola oferece pouca experiência prática sobre a vida, além de disputar a atenção com vários gadgets e outras “distrações”. Assim, as crianças na escola muitas vezes não entendem o por quê. Por que precisam estudar? Como isso será útil em suas vidas? É importante, portanto, conversar com as crianças e fornecer respostas aos seus questionamentos. Explique e mostre através do exemplo de “jovens” famosos. Tente aplicar os conhecimentos adquiridos na escola em suas vidas, juntos. Elogie as ações da criança.

Por exemplo, você pode reunir os amigos de seu filho e organizar a missão “Por que precisamos de matemática?” A equipe que encontrar mais exemplos práticos ganha uma pizza,

2. Problemas de relacionamento com professores

Exemplo real. Maria Eduarda sempre foi uma boa aluna, gostava de ir à escola, tirava notas boas e deixava seus pais muito felizes. No entanto, um dia, o comportamento da menina mudou drasticamente. Ela se tornou antissocial, estava sempre irritada e parou de fazer o dever de casa. Ela chegou até dizer aos seus pais que não iria mais à escola. Os pais, preocupados, não conseguiam entender o motivo disso que estava acontecendo e, por isso, buscaram a ajuda de um psicólogo. Descobriu-se que pouco antes disso, sua professora havia mostrado o caderno de Maria Eduarda para toda a turma dizendo que, apesar da menina fazer todas as tarefas corretamente, sua caligrafia era péssima. Todas as crianças riram dela. Depois dessa situação, Maria Eduarda mudou seu comportamento quanto à escola e à professora.

Até mesmo uma palavra descuidada de um professor pode ofender uma criança e afetar sua atitude em relação aos estudos, sem contar o surgimento de conflitos óbvios. Isso é especialmente verdadeiro quando tratamos de crianças mais ansiosas e vulneráveis.

3. Conflitos com colegas, implicância, bullying

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Exemplo real. Os pais de Otávio se mudaram de bairro e o menino teve que começar a frequentar uma nova escola. No começo, ele gostou de tudo, tanto dos professores quanto dos colegas, mas logo os pais perceberam que o filho começou a faltar às aulas. As tentativas de descobrir por que isso vinha acontecendo não deram certo. O menino continuou a mentir para os pais dizendo que frequentava as aulas, quando, na verdade, estava perambulando pela cidade. Pouco tempo depois, o diretor ligou para os pais e anunciou que seu filho seria expulso da escola pelas suas faltas recorrentes. No mesmo dia, a mãe de uma colega de classe de Otávio ligou. Ela disse que Otávio sofria bullying e que os colegas zombavam dele por não fumar, como todos os outros meninos da classe, e por usar roupas fora de moda. A menina sentiu pena de Otávio e contou a mãe como forma de tentar ajudar. Os pais de Otávio ficaram chocados e descobriram que o filho simplesmente não queria que eles soubessem de seus problemas e preferia aguentar o bullying e a implicância dos novos colegas.

É importante que os pais estejam atentos a quaisquer mudanças de comportamento repentinas em seu filho ou filha para que possam ajudar o mais rápido possível, caso a criança esteja sendo vítima de bullying.

4. Um ambiente familiar desfavorável

Quando os pais estão brigando constantemente, é difícil para a criança se concentrar em suas tarefas escolares. Pense bem, como você consegue resolver um exercício de física quando seu pai grita que vai sair de casa e a mãe responde, também gritando, que desperdiçou sua vida com um inútil?

5. Excessivo controle dos pais

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Existem pais (principalmente mães) que querem controlar tudo o que acontece na família, inclusive a vida escolar da criança. Esse controle total se estende desde a arrumação das mochilas aos presentes de aniversário dos colegas de classe. Qual motivação é possível exigir de uma criança quando sua mãe sempre diz que sabe o que é melhor e decide tudo?

Pare com os cuidados excessivos com seu filho e deixe sua personalidade se desenvolver com alguma liberdade. Ao mesmo tempo, não fique muito preocupada com seu filho, sempre saiba onde ele está, o caminho que pega para chegar a qualquer lugar e o que está acontecendo ao seu redor com o aplicativo Findmykids que pode ser baixado na AppStore e no GooglePlay.

6. Baixa autoestima e falta de autoconfiança

Pode ser difícil para algumas crianças se afirmarem na escola. Levantar a mão para responder uma pergunta do professor ou ligar para um colega e tirar uma dúvida sobre o dever de casa acaba sendo muito desafiador para eles. Se, ao mesmo tempo, os pais também criam grandes expectativas em relação ao filho e o criticam pelos seus menores erros, o filho se torna mais antissocial e começa a agir de acordo com a ideia de “escolher o caminho mais fácil”. A criança começa a faltar aulas, para de fazer os deveres de casa e passa a tirar notas ruins. Afinal, por que ela vai se preocupar com qualquer coisa quando seus esforços não são valorizados?

7. Rotina cansativa após a escola

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Aulas de natação na segunda e quarta, dança às terças e quintas e teatro às sextas. Parece familiar? Muitos pais sobrecarregam a rotina dos filhos com atividades. Como resultado, seu cérebro ativa mecanismos de defesa para se proteger do esforço excessivo. A criança se torna mais preguiçosa e adia os deveres de casa até tarde da noite.

8. Motivos fisiológicos

Hiperatividade, baixo autocontrole, doenças somáticas – aqui está uma pequena lista do que também pode ocasionar a falta de vontade de uma criança de sentar em uma mesa e fazer sua lição de casa.

9. Uma combinação de motivos

O próximo exemplo é de um caso exatamente assim.

Exemplo real. Desde criança, Thiago estava acima do peso e se sentia muito desconfortável com isso. As aulas de educação física se transformaram em uma tortura para ele. Thiago não conseguia correr grandes distâncias, pular corda e nem fazer flexões. O professor constantemente o repreendia e seus colegas riam dele. Nas demais disciplinas, o menino também passou por alguns momentos difíceis. Ele não tinha amigos, ninguém queria sentar ao lado dele. Os pais de Thiago estavam se divorciando e não prestaram atenção aos problemas do filho. Tornou-se um adolescente inseguro que só se sentia valorizado nos jogos eletrônicos. No entanto, um dia tudo mudou. Através de um jogo online, Thiago conheceu um grupo de jovens que estavam enganando pessoas idosas e roubando seu dinheiro. Rapidamente, os jovens decidiram trazer Thiago “para o negócio”. No começo, ele ficou com medo, mas aos poucos foi se envolvendo mais e passou a participar ativamente do esquema dos “amigos”. Até que o próprio Thiago acabou dando um golpe bem-sucedido em que ninguém riu dele ou o humilhou.

Como é possível perceber, uma criança pode ter vários motivos para não querer estudar. Na maioria das vezes, não se trata de apenas um único motivo, mas sim um conjunto de fatores que os pais precisam compreender.

A abordagem correta dos pais

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Queridas mamães e papais! Se você estiver forçando uma criança a estudar, é improvável que algo de bom resulte disso. Tudo o que é forçado ou obrigado sob ameaça de um castigo não é benéfico. Portanto, não vamos forçar as crianças a estudar, mas sim incentivá-las a fazê-lo. Uma postura competente dos pais os ajudará nisso.

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É claro que é possível forçar a criança a estudar. No entanto, pense que você terá que fazer isso ao longo de toda a vida escolar, o que significa entre 9 e 11 anos. Quando forçamos as crianças a algo, assumimos a responsabilidade por elas. Por outro lado, queremos que nossos filhos sejam independentes e façam suas tarefas. Portanto, quando possível, é necessário estabelecer regras para os estudos desde o ensino fundamental.

Um olhar realista sobre a situação

O que a maioria dos pais faz quando seus filhos não querem estudar? Isso mesmo, eles recorrem a medidas drásticas, como o castigo. É muito provável que seus pais tenham feito isso com você e você acaba reproduzindo esse comportamento.

Vamos deixar a gritaria, discursos e castigos de lado. Isso não vai levar a lugar algum. Contar “histórias de terror” sobre como a criança vai se tornar um fracassado também não ajudarão em nada.

Os pais precisam entender que uma eventual relutância da criança em aprender sempre vem acompanhada de um motivo bastante específico.

Saiba como reagir corretamente ao mau comportamento do seu filho no artigo sobre as 10 formas de dar um castigo na criança sem gritar, bater ou humilhar.

Apoio

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Para ajudar a criança a lidar com seus problemas com mais autonomia, é importante que ela ouça dos pais:

  • “Eu acredito em você”;
  • “Tudo vai dar certo”;
  • “Vamos resolver este problemas juntos”;
  • “Não existem problemas que não podem ser resolvidos”.

Ajuda

Os pais podem fazer o seguinte:

  • explique o que seu filho não estiver entendendo sozinho;
  • arrume um professor particular;
  • converse com a coordenação da escola;
  • coloque-se no lugar da criança;
  • busque um psicólogo;
  • encontre um solução para os problemas da escola junto com seu filho ou sua filha, jamais tome a decisão por eles.

Descubra se seu filho está sofrendo bullying na escola e se está sendo bem tratado pelos professores, para que possa ajudar antes que seja tarde. Escute os sons ao seu redor do telefone da criança e monitore sua localização em tempo real com o app Findmykids.

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Faça um acordo, por escrito, com seu filho. Descreva claramente a ele o que terá direito caso faça suas tarefas escolares “voluntariamente” e qual será a “punição” por não realizar uma tarefa. Esquemas de incentivos funcionam bem com crianças mais velhas, por exemplo, se a criança fizer os deveres de casa a semana toda, no fim de semana, a família vai dar um passeio onde a criança decidir. Adesivos com estrelinhas e “muito bem” funcionam muito bem com crianças mais novas.

Como ajudar seu filho?

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Conselhos de um psicólogo

De geração em geração, transmitimos uma falta de vontade em aprender. As crianças começam a ter medo de estudar desde o jardim de infância: “Quando você for para a escola, o professor não vai querer saber das suas birras e você vai tirar uma nota ruim”, “se você se comportar mal, você vai para a coordenação”. A criança é preparada desde cedo para um futuro difícil, pouco interessante e doloroso em que deve estudar com antecedência.

  • Tente conversar sobre a escola e os professores de forma positiva. A escola é a fundação e a base de todo o futuro da vida daquela criança.

Quando os sentimentos de uma criança são ignorados, ela rapidamente perde o interesse em qualquer atividade, inclusive nos estudos. A criança diz “esse dever é muito difícil. Eu nunca vou conseguir terminar” e recebe como resposta: “Você é preguiçoso e acha que tudo é difícil”.

  • Deixe a criança compartilhar seus medos e preocupações com você, ainda que eles pareçam exagerados.
  • Em qualquer família, a criança poderá encontrar aquilo que ela precisa. Escute mais e julgue menos e então as próprias crianças vão querer compartilhar seus problemas com você.

O desejo de criar um gênio com notas excelentes em todas as disciplinas pode levar a colapsos nervosos e uma baixa autoestima na criança. Isto pois um filho nem sempre consegue atingir o padrão estabelecido pelos seus pais. O mesmo se aplica às expectativas dos pais que não são satisfeitas, quando, por exemplo, uma mãe que sonhava muito em se tornar uma bailarina e decidiu que sua filha deveria realizar este sonho em seu lugar.

A questão central que acontece com qualquer pai é de comparar seus filhos com outras crianças. “Tá vendo, o Pedro sempre tira 10, e você só tira 6”, “sabe, a Lara já tá fazendo a lição de casa sozinha há um tempão e você ainda pede a minha ajuda”. A criança começa a odiar o Pedro, a Lara e as outras crianças e começa a achar que é uma grande fracassada.

  • Se você está comparando seu filho a outra criança, pare. Compare seu filho apenas com ele mesmo: “Lembra que ano passado foi difícil pra você aprender as regras de multiplicação, mas neste ano você está tirando a matemática de letra!”

8 formas eficazes de motivar seu filho a ser um bom aluno

  1. Elogie mais seus filhos por suas conquistas, inclusive as pequenas.
  2. Explique por que é tão importante ir para a escola e como ela vai beneficiar a criança no futuro.
  3. Não brigue pelas notas ruins, a criança certamente já está chateada. Tente entender o motivo por trás do mau desempenho em primeiro lugar.
  4. Não “troque” boas notas por eletrônicos, roupas de marca ou outros bens materiais.
  5. Converse sempre com a criança sobre seus sonhos e planos para o futuro.
  6. É importante ensinar a criança técnicas de gerenciamento de tempo para que tenha tempo para fazer a lição de casa, descansar e se divertir.
  7. A premissa de que “notas não são importantes, mas a compreensão da matéria sim” é útil tanto para os pais quanto para as crianças.
  8. Ajude na lição de casa do seu filho apenas quando ele pedir sua ajuda.

A lição de casa precisa ser feita com os pais?

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Agora vamos abordar um assunto que preocupa diversos pais. Eu devo ajudar meu filho com o dever de casa? Se você não ajudar, eles vão cometer uma porção de erros, esquecer de estudar o texto ou vão deixar de entregar a maquete para seu projeto de artes.

De acordo com o “maior estudo de todos os tempos” sobre pais e filhos, realizado em 2018 pela Fundação Varkey, com uma amostra de 27 mil pessoas de 29 países, descobriu-se que, no geral, 25% dos pais gastam em média 7 horas ou mais por semana ajudando seus filhos com a lição de casa. Além disso, quase 30% dos pais sentem que precisam ajudar mais seus filhos e ser mais receptivos às suas necessidades.

Aqui está o que as mães e pais de hoje lembram da sua própria infância:

  1. “Eu sempre tive dificuldade com matemática na escola. Eu não entendia todos esses senos, cossenos, integrais e funções! Na 6ª série, meu pai assumiu minha educação. E como ele não era um professor muito bom, ele me explicava tudo aos berros e ficava bravo quando eu não entendia alguma coisa. Por isso, a gente brigava e, um dia, ele me chamou de estúpido e disse eu não daria pra nada. Pode ser que algum conhecimento matemático tenha ficado na minha cabeça, mas minha relação com meu pai foi totalmente arruinada.”
  2. “Minha mãe cuidava do meu dever de casa desde a primeira série. A gente sentava e fazia e refazia até que ela ficasse satisfeita. Algumas vezes, ela ficava tão irritada por eu estar fazendo tudo devagar que ela acabava fazendo por mim. Quando ela não estava em casa, eu nunca fazia os deveres sozinha. Pra quê? Ela ia ficar irritada com alguma coisa e me mandar refazer tudo do mesmo jeito”.⠀

Como se pode ver, as tentativas dos pais de controlar este processo de realizar as tarefas de casa nem sempre são benéficas para uma criança.

O que é recomendado pelos especialistas:

  • no primeiro ano, os pais precisam auxiliar a criança nas lições de casa, mas apenas para organizar esta rotina. Ensine seu filho ou filha algumas dicas, por exemplo, começar primeiro pelas tarefas escritas, a resolução de uma questão de matemática deve ser feita em um rascunho e que um teste ou prova requer um estudo prévio;
  • separe um tempo dedicado aos deveres de casa do seu filho, por exemplo, das 17h às 19h. Ajude ele a organizar seu espaço de estudos e certifique-se de que o local tenha boa iluminação;
  • não recuse um pedido de ajuda da criança. Entretanto, não tente fazer o exercício no lugar dela, faça junto com ela.
  • as lições de casa são os trabalhos da criança e ela deve ser responsável por isso, não os seus pais, já que eles já encerraram sua vida escolar há muito tempo.

Caros pais, lembrem-se: seu objetivo não deve ser forçar seu filho ou sua filha a estudar, mas sim criar uma atmosfera familiar em que a criança tenha a abertura para compartilhar quaisquer problemas que venha a ter, onde seus esforços sejam reconhecidos e valorizados não apenas por suas notas e em que ela possa adquirir conhecimento para sua futura vida adulta.

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