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Educação

Como escolher um bom professor particular para o seu filho?

Recentemente, o tema “professores particulares” recebeu uma grande atenção entre muitos pais. Alguns estão insatisfeitos com a qualidade do ensino escolar, outros estão preocupados com o progresso acadêmico dos filhos e existem ainda aqueles que pensam lá na frente e estão preocupados com a universidade. Esta questão adquire particular relevância conforme se aproxima o final do ano letivo, quando os alunos estão se preparando para os exames e testes finais.

Então, como saber se seu filho precisa de um professor particular? Como escolher um bom professor entre a enorme variedade de profissionais no mercado? Hoje, entrevistamos alguns professores que trabalham com crianças há muitos anos e sabem exatamente como transformar uma tutoria extracurricular em uma valiosa fonte de conhecimento. Aqui está uma breve introdução de nossos especialistas:

  1. Marina Santos — Especialista no ensino da língua portuguesa, com mais de 22 anos de atuação na área.
  2. Sarah Bernardes — Professora particular e em escolas, coordenadora de um curso online que oferece as disciplinas do currículo básico.
  3. Laura Salles — Professora particular para adolescentes e consultora educacional e profissional.

Como escolher o professor particular certo?

Prostock-studio/Shutterstock.com

— No que estar atento ao escolher um professor particular? Quais critérios profissionais adotar?

— A primeira coisa que os pais devem definir com clareza é sua expectativa em relação ao especialista. Alguns pais buscam alguém para ajudar no dever de casa da criança, outros já esperam que o professor ensine e traga algum conhecimento real sobre determinada matéria.

No primeiro caso, via de regra, a única melhora será nas notas do aluno. Porém, se você realmente deseja que seu filho adquira algum conhecimento sólido em determinada matéria e também que espera melhores resultados nas provas, terá que acompanhar o programa oferecido pelo professor particular.

É importante que, após a realização de um teste preliminar, você, como pai, e seu filho, entendam qual é o nível real de conhecimento da criança e o que está sendo proposto para elevá-la a outro patamar.

Muitos preferem professores particulares com grande experiência e desconfiam de jovens recém-formados. Com base na minha experiência pessoal de contratação de professores afirmo que a idade não importa. O que importa é saber se uma pessoa tem habilidades para explicar. Portanto, já no primeiro encontro, peça ao professor para explicar algo para a criança. Caso vocês dois entendam tudo, é possível seguir em frente com segurança.

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Na minha opinião, é necessário escolher um especialista com quem a criança fique a vontade para se comunicar, seja capaz de explicar a informação em uma linguagem fácil para a criança e alguém em quem ela confie. Caso seu filho acredite que só precisa estudar porque “a mamãe mandou”, você vai demorar a ver bons resultados,

— Marina Santos,
professora particular e de escolas.

Para um professor de inglês, por exemplo, um bom conhecimento do idioma é fundamental. Quanto melhor a pessoa falar uma língua estrangeira, mais fácil será criar um ambiente de língua nativa. Ter um certificado internacional de proficiência ou a indicação de alguém de renome no ramo podem servir como boa prova do conhecimento do idioma. Para ensinar a iniciantes, um nível B2 do idioma já é o suficiente.

— Onde e como encontrar um bom professor particular?

Prostock-studio/Shutterstock.com

— O método boca a boca é o mais comum. Outro ponto importante é que nem todo mundo precisa de professor particular. As aulas em dupla ou em pequenos grupos são, na maioria dos casos, mais baratas e eficazes quando dadas por um professor profissional. Crianças são criaturas sociais, portanto, o trabalho individual com um professor será mais desagradável para elas, já que não haverá colegas de classe. Uma língua estrangeira, por exemplo, pode ser aprendida APENAS na comunicação com outras pessoas.

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O sucesso da aula depende não apenas do professor particular, mas também da criança e dos pais. O professor fornece conhecimento e ajuda a entender o assunto, mas a criança, por sua vez, precisa estar ativamente engajada, tirar dúvidas daquilo que não entende e fazer as tarefas de casa. Já os pais, por outro lado, precisam acompanhar o processo, não ter medo de perguntar o que for necessário sobre o método de ensino ao tutor e, junto com a criança, devem caminhar em direção ao objetivo esperado,

— Marina Santos,
professora particular e de escolas.

— Como saber quando a criança precisa de um professor particular em alguma disciplina? Como convencer a criança a estudar com um professor particular quando ela se mostra relutante?

— Não vale a pena ficar fixado apenas nas notas da escola. Às vezes, os alunos do Ensino Médio que tiram 9 e 10 direto não possuem nenhuma habilidade relevante para a vida adulta. Mas o contrário também pode acontecer: o professor da escola pode não perceber diversas habilidades da criança, seja porque o aluno tem problemas de relacionamento e não deu a chance de suas aptidões serem percebidas. O que fazer neste caso? É certo que sempre vale a pena ouvir a opinião de um terceiro.

Se seu filho não gosta do professor particular e você percebe que não se trata de uma birra, mas que ela se sente intimidada, desamparada e irritada, pare de fazer mal à criança e dispense o professor, ainda que ele tenha muitas recomendações.

Há uma regra de fundamental importância aqui: o professor pode não ser o mais recomendado e mesmo assim o aluno pode aprender. Perceba que as pessoas ficam mais dispostas a aprender com alguém que seja agradável e que cria um ambiente amigável de respeito. Porém, a insubordinação com o professor não pode acontecer.

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Muitas vezes, os pais começam a procurar um professor particular para seu filho por causa de uma queda súbita nas notas da criança e não tentam realmente entender o motivo por trás disso. Pode haver vários motivos: a criança pode simplesmente não dormir o suficiente e se distrair durante a aula. Até o mau humor pode diminuir a capacidade de atenção da criança. Portanto, neste caso, aulas particulares não seriam realmente necessárias.

Porém, quando a criança tem dificuldade de entender um assunto, tem medo ou é tímida demais para tirar dúvidas na escola e se outros problemas se acumulam junto com este, o resultado pode ser que a criança deixe de entender como fazer certas tarefas. O problema não está no fato de que o desempenho da criança piorou de repente, mas sim que ela simplesmente não está entendendo um determinado tópico ou tópicos. Nesta situação, um professor particular competente certamente descobrirá o que está impedindo a criança de assimilar aquela matéria e será capaz de ajudá-la a superar este obstáculo,

— Marina Santos,
professora particular e de escolas.

— É necessário um professor particular para preparar a criança para entrar na escola?

Prostock-studio/Shutterstock.com

— Como pai (além de ser diretor de uma escola de educação infantil), posso dizer que as aulas para crianças em idade pré-escolar são desejáveis, mas definitivamente não em formato individual.

As competências necessárias, ao contrário do que normalmente se pensa, não são ler, escrever ou contar, mas sim ter facilidade de se adaptar a novos ambientes. Portanto, a ênfase da preparação é colocada no desenvolvimento de habilidades motoras finas, memória, atenção, perseverança etc. Todas essas habilidades podem ser desenvolvidas com eficiência em aulas em grupo.

Leia sobre o que é necessário para crianças em idade pré-escolar e futuros alunos da primeira série: O que os pais devem saber sobre a prontidão psicológica de seus filhos para a escola.

— Vantagens e desvantagens da aula particular

— A principal desvantagem das aulas particulares é a dificuldade de avaliar os resultados e os conhecimentos adquiridos. Você pode pagar um professor particular durante anos para auxiliar seu filho e então descobrir que a criança não formou a base necessária para passar no vestibular. Portanto, é necessário monitorar de perto. É aconselhável que o seu tutor estimule a participação em provas e concursos, como olimpíadas de matemática, concursos de redação etc.

Por outro lado, as vantagens incluem a oportunidade de oferecer uma abordagem personalizada para o seu filho, especialmente caso ele tenha dificuldade de socialização. Ainda que seja conveniente o professor ir até sua casa, também é uma desvantagem, pois em tais condições seria difícil criar um ambiente de estudos completo e adequado.

— Existem particularidades para os professores particulares de língua estrangeira?

— É importante compreender o seguinte sobre línguas estrangeiras: não se trata apenas de uma disciplina escolar, mas de uma habilidade que permitirá ao seu filho escolher qualquer tipo de profissão no futuro e construir sua carreira este obstáculo. O cérebro de uma criança com menos de 10 anos contém neurônios especiais que permitem que ela domine qualquer língua estrangeira como um falante nativo. No futuro, isso já se torna mais difícil, já que esses neurônios desaparecem por serem considerados desnecessários pelo corpo humano.

Portanto, é importante oferecer o contato com uma língua estrangeira o mais cedo possível.

Em que situação o tutor não poderá ajudar? Trabalhando problemas de motivação nos estudos

Prostock-studio/Shutterstock.com

Quando o desempenho escolar de um aluno piora, os pais começam a procurar falhas no processo de aprendizagem: o professor explica mal, o ambiente da sala de aula é ruim, a criança não se esforça o suficiente e não faz o dever de casa direito etc. Só depois é que conversam com os professores da escola, dão sugestões aos filhos e, claro, procuram os professores particulares.

No entanto, muitas vezes, não é o aprendizado em si que é o problema, mas a baixa motivação em aprender. Nesse caso, as aulas particulares, assim como outras soluções para tornar o processo de aprendizagem mais eficaz, não resolverão o problema e podem até agravá-lo.

Neste caso, tentar melhorar as notas é como lidar com os sintomas em vez de curar a doença. Os pais correm o risco de perder tempo e dinheiro e não alcançar o resultado desejado, mesmo que o professor particular seja maravilhoso e competente.

Muitas vezes, o desejo de aprender diminui durante a adolescência. Isso é natural e indica que o desenvolvimento da personalidade de um adolescente está seguindo normalmente. Adolescentes, em geral, passam por uma mudança na forma como vêem os principais motivos da educação formal: as palavras dos adultos de que boas notas são importantes não são mais convincentes. Cada adolescente começa a procurar sua própria motivação interna para estudar e um motivo para aprender que seja particularmente significativo para si. Esta é uma fase normal do crescimento de uma criança, no entanto, é comum que o adolescente precise de algum tipo de apoio nesta fase da vida.

A partir do 8º ano, a forma mais eficaz de estudar com motivação é escolher uma profissão ou área de atuação. Definida uma carreira ou uma universidade, o objetivo torna-se mais específico, o que resulta em uma maior clareza sobre o quê e por quê aprender. Por exemplo, se o seu filho escolher seguir uma carreira de letras ou quiser ser um diplomata, aprender inglês será sua prioridade e, em caso de problemas com esta matéria, um professor particular será muito útil.

Agora considere um jovem que ainda não sabe que profissão ou campo de estudo pretende seguir. Esta criança escuta os pais falando que línguas estrangeiras devem ser aprendidas “por precaução”, porque no mundo moderno não saber o inglês é ruim. Essas palavras são capazes de inspirar um jovem a se dedicar, ainda mais se ele tiver dificuldade com idiomas? Obviamente não.

Caso precise da ajuda de um especialista, professores particulares competentes são aptos a trabalhar de forma eficaz com problemas de motivação. Ele é capaz de descobrir o que está atrapalhando e poderá oferecer recomendações específicas sobre como recuperar esse interesse em aprender e ajudar o adolescente a despertar alguma motivação interna para a educação, o que certamente será útil para eles mais de uma vez na vida.

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